A Leishmaniose Visceral Canina (LVC), apesar de pouco conhecida pelos proprietários de cães, é uma doença grave e que vem se expandindo por todo Brasil e vários casos têm aparecido na nossa região.
Transmitida aos cães e ao homem, aqui no Brasil, pela picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi)a Leishmaniose Visceral é fatal para os cães e muito perigosa para as crianças e idosos que a contraem.
Como é que o meu cão se infecta com Leishmania?
O parasita é transmitido aos cães e ao Homem, pela picada de insetos flebótomos fêmeas. Estes pequenos insetos de cor amarela clara vivem nos refúgios de animais, habitações, caixotes de lixo, jardins, matas, etc. e alimentam-se, preferencialmente, ao final do dia.
Em regiões endêmicas, a principal via de transmissão é através do inseto, embora, a transfusão sanguínea, o contato direto, a transmissão venérea e a transmissão mãe-filho também possam estar implicadas. Os cães que vivem sempre no quintal ou na maior parte do tempo fora de casa, os cães de raças exóticas, os cães de pelo curto e os animais com idade igual ou superior a 2 anos correm maior risco de ser infetados.
Quais os sinais clínicos mais frequentes?
O período de incubação é variável, podendo durar de meses à ano e os sinais clínicos mais frequentes são: aumento dos gânglios linfáticos, crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, úlceras e descamação da pele, emagrecimento, atrofia muscular, sangramento nasal, anemia, alterações dos rins, fígado e articulações, entre outros. No entanto, a Leishmaniose canina apresenta diferentes sinais clínicos e diversos graus de gravidade, podendo estar associada a outras doenças concomitantes.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é essencialmente clínico e confirmado por análises laboratoriais. Os exames laboratoriais parasitológicos destinam-se à pesquisa do parasita e/ou de anticorpos e simultaneamente devem ser efetuadas análises de sangue e de urina para avaliar o estado geral do animal. A interpretação dos resultados laboratoriais deve ser sempre feita em conjunto com o quadro clínico.
Qual o tratamento?
No Brasil, por se tratar de uma séria zoonose e o cão portador da doença se tornar um reservatório, ainda é exigida a EUTANÁSIA dos animais positivos. Isso mesmo, exige-se a eutanásia (morte) de animais possuidores da doença.
Como posso prevenir a leishmaniose no meu cão?
Para além da manutenção de um bom estado de saúde do seu cão, pode prevenir esta doença, aplicando, regularmente, no seu animal, inseticidas com efeito repelente sob a forma de coleiras, de pulverização ou de spot-on (pipetas), de modo a impedir a picada do flebótomo.
Existe já uma vacina contra a leishmaniose canina e você pode conversar com o seu Médico Veterinário sobre o assunto. A prevenção é fundamental para reduzir o número de casos de leishmaniose nos animais e para evitar o risco para os humanos.
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